Junta de Missões Mundiais celebra 106 anos de trabalhos
por Leiliane Roberta Lopes
Na última quarta-feira (3) a Junta de Missões Mundiais, da Convenção Batista Brasileira, realizou um culto de gratidão para celebrar os 106 anos de trabalhos, agradecendo ao Senhor pelo cumprimento da missão de levar a mensagem do evangelho para as nações.
O culto aconteceu na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), no Rio de Janeiro, e teve a participação do pastor Hans Udo Fachs, coordenador de Missões Mundiais para a África. Além de ministrar uma palavra ele realizou uma dinâmica com os colaboradores, cada um precisou recitar um versículo que trouxesse inspiração para testemunhar o Evangelho.
O missionário mobilizador no Rio de Janeiro, pastor Antônio Galvão, participou dessa dinâmica e recitou o versículo de 2Timóteo 1.12: “Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”.
Galvão serviu como missionário em diversos países: Paraguai, Argentina, Espanha, Moçambique e Zimbábue. Ele foi o primeiro missionário adotado por uma igreja através do Programa Adoção Missionária, sendo um testemunho vivo do trabalho desenvolvido pela JMM.
Criada em Salvador durante a 1ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, a Junta de Missões Mundiais já teve sua sede em Recife (PE) e desde 1929 está sediada no Rio de Janeiro.
Muitos missionários trabalham na sede e para eles o pastor Galvão deixou um recado: “Eu gostaria de dizer que vocês, aqui na sede, são mais que missionários, pois estão no suporte, no apoio. Cada um de vocês deve se sentir mesmo um grande missionário”.
O trabalho dos colaboradores locais também foi homenageado pelo pastor Alexandre Peixoto, gerente de Missões, que aproveitou o momento para declarar que a JMM pertence a Deus.
Para conhecer mais e contribuir com esta obra acesse o site www.jmm.org.br.
Talita dá seu testemunho sobre o Projeto Missionário em Milagres
É a primeira vez que estou num projeto missionário de longa duração. Apesar de vir para o Ceará (cidade de Milagres) já com uma idéia do que eu encontraria, a prática sempre nos traz novidades e surpresas…
Eu imaginava, à semelhança do que acontece em retiros de carnaval, que eu não sentiria tantas saudades de minha casa e família, até porque o ritmo de trabalho aqui é intenso. Além disso, estava certa de que minha fé daria um salto espetacular, e que eu desfrutaria quase que natural e automaticamente de maior intimidade e “unção” com o Senhor.
Mas o que estava acontecendo no começo do projeto foi bem diferente: depois de uns 3 ou 4 dias comecei a sentir uma grande vontade de estar em casa, com privacidade, sob os cuidados da minha família, e várias dúvidas sobre Deus começaram a pipocar na minha cabeça!
Quer dizer … passei quase 2 dias chorando em quase todas as reuniões, por 2 motivos:
- queria estar em casa, em paz, sozinha, com minhas coisas, meu silêncio, meu espaço e
- em razão do meu estado pecaminoso diante de um Deus tão maravilhoso, que tinha escolhido uma pessoa tão frágil, miserável e com pouca fé para levar a notícia de salvação.
Graças à misericórdia e bondade de Deus eu compreendi o que estava acontecendo! Minhas fraquezas estavam sendo exploradas e remexidas pelo inimigo para que eu me desviasse do meu foco! Percebi como estou ligada às coisas desse mundo, o que me levava à angústia por não ter minhas coisas organizadas do meu jeito, o silêncio na hora que eu achava adequada, banhos de chuveiro, etc.
Mas o Pai tem me mostrado que minha casa – no dia de hoje, e até o final do projeto – é aqui em Milagres! O que eu trouxe em minha mala é tudo o que eu tenho, e não devo me lembrar do que ficou na minha cidade natal (a não ser amigos e família, é claro).
O Senhor tem me dado um coração de “forasteira”: tenho uma missão e devo me preocupar em cumpri-la com excelência, para o agrado dEle, independente das circunstâncias. E isso, meus irmãos, tem me feito muito feliz!!! Ninguém sabe me fazer feliz como Jesus! Não há nada mais gratificante do que sentir-se amado, transformado, protegido e usado por Deus para o bem de muitos!
Agora eu só tenho um motivo para chorar: a alegria de ter sido salva por um Deus tão cuidadoso e amoroso, a despeito das minhas numerosas falhas.
(Projeto da JUVEP: eu recomendo!)
Talita (de Espírito Santo)